Redes subterrâneas no Brasil e no mundo

A energia elétrica tem um papel fundamental para o bom funcionamento da nossa sociedade, tanto na nossa vida pessoal, quanto na profissional e é por isso que vemos muito fios atravessando as cidades, que a levam para todos os lugares.

Porém, esse modo de transmiti-la está entrando em desuso, já que ela está constantemente sujeita às ações do meio ambiente, como as chuvas e os ventos, ou até mesmo a neve, dependendo da sua localidade.

A rede subterrânea, por sua vez, além de proteger mais os cabos e as instalações elétricas, também é recomendada para se ter mais capacidade de transmissão, principalmente em áreas urbanas mais densas.

As redes subterrâneas no mundo

Algumas das grandes metrópoles do mundo contam com uma fiação, quase na sua totalidade, abaixo da terra, o que resulta em uma redução drástica na frequência que as interrupções de fornecimento elétrico ocorrem.

As cidades de Barcelona (Espanha), Londres (Inglaterra), Amsterdã (Holanda), Paris (França) e Washington (Estados Unidos) são grandes exemplo desse feito, que também acaba por deixar o seu aspecto mais agradável, sem a poluição visual que os fios deixam no ambiente.

Na capital inglesa, foi investido mais de um bilhão de dólares nos últimos anos, para que esse sistema de transmissão fosse criado, deixando a sua fiação abaixo da sua camada de asfalto.

Já na França, essa ideia começou a entrar em prática no ano de 1910, fazendo todos os cabos e fios ficarem totalmente embaixo da terra, já há mais de 60 anos. Vale ressaltar que os franceses estão constantemente investindo em como aprimorar essa tecnologia.

Para não ficar só na Europa, a capital argentina, Buenos Aires, apesar de ainda ter uma fiação aérea, tem investido e substituído parte dela, promovendo uma grande reforma em sua estrutura, proibindo a instalação de novas instalações acima da terra já há algum tempo.

As redes subterrâneas no Brasil

Já no Brasil, a nossa realidade é bem diferente da descrita acima, em que apenas 1% da nossa distribuição elétrica corresponde a uma rede subterrânea, com algumas grandes cidades sendo os maiores destaques nesse quesito.

Os índices são modestos, com o Rio de Janeiro liderando, já que conta com 11% de suas fiações abaixo da terra. Na sequência aparecem as cidades de São Paulo (10%), Porto Alegre (9,2%) e Belo Horizonte (2%).

A opção de termos sistemas de transmissão aérea se deu em virtude das grandes dimensões que o nosso país possui, já que essa tecnologia é mais barata do que a subterrânea, sendo esse um dos maiores desafios para quem quer investir nesse tipo de cabeamento.

Alguns destaques nacionais

Em São Paulo, toda a sua região central possui uma rede subterrânea, já contando com projetos de enterrar fios no bairro da Vila Olímpia e na área do Mercado Municipal. Já em Porto Alegre, são mais de 400 km de fios abaixo da terra.

No Rio de Janeiro, desde o ano de 2011, uma lei da prefeitura determinou que as empresas com fios expostos, deveriam substituí-las por redes subterrâneas, porém essa determinação ainda está sendo contestada pela responsável, que diz que a União é quem deve decidir isso.

 

Fonte: Romagnole